terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios

O último filme dirigido por Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds - EUA, 2009), estreou por aqui na última sexta-feira. No entanto, acabei conferindo o filme somente ontem, em pleno feriado de 12 de outubro (aliás, ótimo presente de dia das crianças que eu me dei).
O filme era aguardado para o dia 23 de outubro, mas em razão do Festival do Rio, teve sua estréia antecipada para o dia 9.




Ok, antes de mais nada, é melhor eu deixar claro que eu sou um grande admirador do trabalho do Tarantino, e depois de assistir Bastardos Inglórios, eu claramente percebi que sou cada vez mais fã de Tarantino. Então, por mais que eu tente ser neutro, a crítica abaixo não vai ser totalmente imparcial.

No filme, acompanhamos o tenente americano Aldo Rayne (interpretado por Brad Pitt) e seu grupo de soldados conhecido como Os Bastardos, em sua luta pela Europa contra os nazistas.

E o filme é excelente. Para quem conhece o trabalho de Quentin Tarantino e entende sua narrativa e seu estilo, que invariavelmente implica falar numa rapsódia de estilos, homenagens ao cinema e à cultura pop, e diálogos marcantes, tudo sempre devidamente acompanhado de sua ultra-violência (praticamente uma assinatura Tarantinesca), o filme é ainda melhor.

Bastardos Inglórios traz um bom roteiro, como geralmente são os roteiros assinados por Tarantino. E apesar de toda a mistura de estilos cinematográficos (que acaba criando o estilo único de Tarantino), não se trata de mais um Kill Bill, que não foi muito bem recebido no Brasil por causa de seu roteiro (na verdade, eu apontaria que a má recepção de Kill Bill no Brasil se deu por causa da pouca familiaridade do público brasileiro com os estilos que Tarantino incorporou no filme).

O filme é dividido em cinco capítulos, cada qual trazendo, de forma mais ou menos organizada, elementos dos estilos que ele incorpora em sua narrativa. Claro que o estilo de Tarantino se faz presente em todo o filme, mas podemos perceber uma tentativa de organização dos temas homenageados neste filme. Como logo no começo do filme (e eu adoro a forma que os créditos iniciais, bem como a narrativa, são apresentados nos filmes do Tarantino), onde já vemos, na música de abertura, uma clara homenagem ao western spaghetti que o diretor tanto gosta.

O título do filme, aliás, já é em si uma referência ao cinema italiano. Quando foi anunciado, especulou-se se Bastardos Inglórios seria uma refilmagem do filme homônimo de 1978. E não, não é. Outra especulação foi a respeito do título, que passou a se chamar Inglorious Basterds, e não Inglorious Bastards, como seria a grafia correta em inglês. E o motivo da troca das vogais no título logo se faz entender quando ouvimos o sotaque do personagem de Brad Pitt. Aliás, um dos melhores momentos do filme acontece graças à habilidade de Brad Pitt lidar com sotaques.

Outro personagem que merece grande destaque é o oficial nazista Hans Landa (interpretado por Christoph Waltz), essencial para o andamento e desfecho do filme. Um dos personagens mais ricos da trama, combinado com uma ótima atuação de Christoph Waltz.

Após testemunhar a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Christoph Waltz), Shosanna (uma jovem judia interpretada por Mélanie Laurent) assume nova identidade como dona de um pequeno cinema na França. Nesse meio tempo, o tenente Aldo Rayne (Brad Pitt) espalha o terror entre os nazistas pela Europa.

É então, numa estréia de um filme nazista dentro do cinema da jovem Shosanna que todos os personagens se encontram, e acontece o grande desfecho do filme.

De zero a dez, nota 8 para o filme.

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