quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Promessas de Ano Novo

E assim se vai 2008, deixado e deixando tudo para trás... E o ano de 2009 vem, e com ele, promessas de que eu atualizarei este jornal com as críticas dos últimos 4 livros que eu li e, negligentemente, deixei de comentar aqui.

Mas não agora...

Feliz 2009. Que seja, ao menos, melhor que 2008.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

The Monty Python Channel on You Tube

Bem, o título é auto descritivo (perdoem-me, mas desde a reforma, não tenho mais certeza de como se escreve "auto descritivo").

Há algum tempo eu havia comentado sobre como alguns artistas vêm explorando novas mídias e veículos de distribuição da sua arte, e como a Internet, que até pouco tempo se mostrava uma grande inimiga por causa da pirataria, acabou se transformando em aliada.

Dessa vez foi o grupo Monty Python, um dos melhores grupos de humor na minha humilde opinião, que se lançou na Internet.

Aliás, vale assistir o vídeo de apresentação do canal dos caras, onde se comenta exatamente isso. Eles começam dizendo que "por três anos, vocês têm nos roubado, colocando dezenas de milhares dos nossos vídeos no You Tube", mas logo anunciam que "sendo os caras bacanas que nós somos, encontramos um jeito melhor de conseguirmos o que é nosso: nós lançamos nosso próprio canal Monty Python no You Tube".

O canal promete oferecer, de graça, vários vídeos em qualidade superior àqueles que já vinham sendo colocados no You Tube. A coisa agora não só é melhor e de graça, como também é oficial! E alguns vídeos já estão disponíveis!

Para ver, visitem o canal: http://www.youtube.com/MontyPython

Agora chega de fazer propaganda de graça pros outros.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Yes, we'll see (ou como eu acabei parecendo um Will.I.Am fanboy)

Acho que já é seguro comentar a eleição presidencial norte americana sem correr riscos de se fazer propaganda política (ainda que, sim, eu simpatizava a campanha do Obama).

Ele ganhou. O 44o. presidente estadunidense é um negro democrata que prometeu mudanças. Vamos ver quais serão e torcer que sejam para melhor.

De qualquer forma, parabéns, Obama. Boa sorte, e que você faça por merecer.




E caso alguém esteja interessado no discurso/letra do vídeo acima:
(eu não sou fanboy do Will.I.Am, mas gostei do discurso e da música)

It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.
Yes we can.

It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom.

Yes we can.

It was sung by immigrants as they struck out from distant shores

and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.

Yes we can.

It was the call of workers who organized;

women who reached for the ballots;

a President who chose the moon as our new frontier;

and a King who took us to the mountain-top and pointed the way to the Promised Land.

Yes we can to justice and equality.

Yes we can to opportunity and prosperity.

Yes we can heal this nation.

Yes we can repair this world.

Yes we can.

We know the battle ahead will be long,

but always remember that no matter what obstacles stand in our way,

nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change.

We have been told we cannot do this by a chorus of cynics who will only grow louder and more dissonant.
We’ve been asked to pause for a reality check.

We’ve been warned against offering the people of this nation false hope.

But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope.

The hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA;

we will remember that there is something happening in America;

that we are not as divided as our politics suggests;

that we are one people;

we are one nation;

and together, we will begin the next great chapter in America’s story with three words that will ring from coast to coast,
from sea to shining sea: yes, we can.

domingo, 19 de outubro de 2008

Pictures of Home

Ontem fiz uma faxina aqui em casa... Aliás, A faxina.
E não que eu goste de me exibir, mas modéstia à parte, ficou bom. Tão bom que eu resolvi compartilhar.
Meus brinquedos ficaram mais organizados:

Weapons of Mass Destruction

Era assim que estava antes:



O teclado entrou pra família depois dessa foto, então ele não está na foto mais antiga. Falta só minha mesinha, e logo mais vira um pequeno estúdio! hehe

E pra fechar, um espelhinho típico:

Mirror, mirror on the wall
Who's the lamest one of all?

Bom, chega de fotos.
Câmbio e desligo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"Chapter 9"

Acho muito interessante a forma como alguns artistas estão lançando seus novos álbums ultimamente.

Lembro de quando o Dr. Sin lançou o "Dr. Sin II" em bancas de jornal. Na mesma época (ou talvez não, já que a minha noção de tempo e espaço não é a mais aguçada do mundo), Lobão também lançou um CD de forma independente.

E então veio O Teatro Mágico e lançou seus dois discos totalmente de graça na Internet.

Engraçado como há algum tempo muitos artistas viam a Internet como um "risco" à integridade autoral de suas obras (lembro-me, e muitos também devem se lembrar, do caso "Metallica vs. Napster"). E hoje, com a Internet cada vez mais rápida e com tantos formatos digitais de áudio, os mesmos artistas estão lucrando com essa nova mídia. O próprio Metallica oferece músicas em formato MP3 de graça (e algumas por um custo acessível) em seu site. The times, they're a changing, Bob Dylan já cantava...

Mas sem divagações, o que eu queria informar é que Ed Motta está com álbum novo na praça. E o "Chapter 9", como foi batizado o disco, está disponível na Internet. De graça.

O novo disco, com as canções todas em inglês e com instrumentos executados exclusivamente pelo músico, pode ser baixado no site da gravadora.

Mas ele estará disponível por tempo limitado, então não deixe para depois.


terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nada

Às vezes eu me pergunto se é uma boa idéia publicar as coisas que eu escrevo aqui neste blog.

É um espaço público, e ainda que seja pouco visitado, é um meio para se publicar aquilo que eu por ventura venha a escrever.

Por outro lado, no entanto, eu deixo de ser "dono" total da minha criação. Foi dito certa vez que a obra só pertence ao autor enquanto ele a escreve. Depois disso ela é do leitor, que é livre para ler e interpretar a obra como bem quiser... Contudo, se o autor nunca mostrar sua obra ao público, ela sempre vai ser dele. Tem uma lógica meio maluca só minha, e é um dos motivos pelo qual nada que eu tenha escrito (que não tenha sido destinado exclusivamente para este blog) tenha vindo parar aqui.

Ainda, como uma também conseqüência da perda da "exclusividade" do meu texto, ele passa a ser grátis. Não que eu seja um porco chouvinista capitalista mesquinho. Mas perde-se o sentido de se pensar em publicar, por vias tradicionais, aquilo que já está aqui, de graça (ok, nem tanto assim, talvez seja apenas egoísmo meu).

O outro grande motivo é a freqüente falta de revisões dos meus textos. Veja, eu gosto de revisar meus textos de tempos em tempos, e nunca tenho certeza de quando eles estão em sua versão definitiva ou não.

De qualquer forma, pelo sim ou pelo não, vou arriscar publicar um conto aqui. Curto, escrevi de sopetão e só revisei esses dias, alguns meses depois. Não mudei muita coisa, então é bem provável que eu tenha que revisá-lo novamente...

(ah, sim, copiei e colei do editor de texto, o que fez com que a formatação original se mantivesse)





Nada
Osvaldo Ken Kusano

“Wer mit Ungeheuern kämpft, mag zusehn, dass er nicht dabei zum Ungeheuer wird. Und wenn du lange in einen Abgrund blickst, blickt der Abgrund auch in dich hinein.”
-- Friedrich Nietzsche in Jenseits von Gut und Böse

Acordou cedo, sem a ajuda usual do despertador. Arrumou a cama com esmero, escovou os dentes de forma cuidadosa, barbeou-se com cuidado único, separou a roupa usada e tomou um resoluto e demorado banho frio.

Sentou-se sobre as próprias pernas, os joelhos sobre o carpete em frente à janela por onde invadia a amena luz do sol com a qual deixou-se secar.

Quando os sinais de fome lhe abandonaram o espírito, comeu um mingau de trigo integral que fez usando apenas água e sal.

Vestiu-se com capricho e dirigiu-se ao prédio onde trabalhava.

Subiu as escadas até o topo do prédio. Caminhou até o parapeito e encarou a descida.

Contemplou o abismo.

* * *

“Estás pronto para devorar-me?”

“Não há mais fome”, respondi ao abismo.

“Então devorar-te-ei.”

“Não há mais carne para ser devorada”

Sempre fui um homem de dúvidas, nunca um homem de crenças. A incerteza me levou a erros nunca corrigidos por medos que a certeza nunca afastou.

“Devoro-te os ossos então.”

“Aqui não há mais o fraco que um dia eu fui.”

“Nada pode passar por mim.”

* * *

Carros e ônibus fumegantes cruzam as ruas abaixo do homem no topo do mundo. Pessoas passando apressadas sem se dar conta daquele acima delas.

Ignorado pela multidão, um mendigo sujo estende a mão pedindo esmolas, as chagas comendo-lhe a pele, a fome ulcerando seu estômago. Do outro lado da rua, uma mulher bem vestida joga fora metade de um sanduíche enquanto fala ao celular.

Uma freada brusca e alguém gritando de dentro de um carro, a buzina acompanhando-o no tempo e ritmo do coral.

Para o homem que observa o mundo, não passam de formigas. Não há emoções ou sentimentos sobre os insetos.

* * *

Há um túnel diante de mim. Atrás não há mais nada. Não há paredes ou pedras ou nada que o forme senão a escuridão, mas ainda assim há um túnel diante de mim. O pequeno ponto de luz no final me diz que há um túnel diante de mim. E não fosse a luz, fraca demais para iluminar, mas forte o suficiente para definir a escuridão, eu não saberia que há um túnel diante de mim.

* * *

Nas ruas, um jovem com fones de ouvido, desligado do mundo que o cerca, deixa uma moeda gorda na mão do mendigo e passa olhando para trás.

Não fosse ter trombado no terno e gravata que segue resmungando, teria visto o mendigo agradecer aos céus e parar observando o alto do prédio sobre si.

O homem salta.

* * *

Eu mergulho na escuridão. Por momentos, o abismo é aconchegante. Ele me abraça e me mima e me faz promessas. Eu quero ficar aqui para sempre.

Mas eu devo seguir em frente. É só depois de atravessar o túnel que eu verei a luz.

Tenho total consciência de mim mesmo e o abismo percebe isso.

“Quem você acha que é?”

“Eu sei o que eu sou, eu sei quem eu sou.”

“Por que vem aqui me perturbar?”

“Há um caminho a ser seguido.”

Eu posso alcançar a luz.

“Não há nada depois de mim. Eu sou tudo o que foi, é ou será.”

“Você não pode sê-lo, não há escuridão em mim.”

“Você tem certeza disso? Você sempre teve certeza disso?”

A luz me chama em silêncio. Eu posso atravessar o caos que me cerca.

“Esse seu corpo nu e fraco pode caminhar pelo fogo e pelo frio?”

Eu me calo para não dar ao abismo a carne que ele reclama. A luz ainda ao longe. Eu quero alcançá-la.

“Onde estão suas palavras? Onde está sua convicção?”

Eu sei que a luz se aproxima, mas ela ainda está longe. O túnel começa a tomar formas e sentido. Já não tenta mais me seduzir e eu não quero mais ficar aqui.

“Mostra-me quem você é, homem, pois eu já o sei.”

A luz nunca chega. Eu quero alcançá-la, mas ela nunca chega.

“Você não é nada. Nada pode passar por mim.”

As formas da escuridão gritam cada vez mais nítidas. Um fio de suor gelado corre por mim. A luz, ainda longe.

“Você sequer sabe o que é aquilo que você deseja.”

Eu vejo um rosto pustulento comido pelas chagas gritar e fecho meus olhos.

“Nada pode passar por mim.”

MMVIII

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Título com Trocadilho Legal

Eu sei que eu ia escrever algo neste post além do que eu já vou escrever. Isso, inclusive, tinha me dado a idéia de batizar o post com esse trocadilho.

O problema é que eu simplesmente esqueci o que eu ia escrever. Claro que ajuda bastante lembrar o título do post, de forma que, à partir dele, aquilo que eu ia escrever acabaria vindo naturalmente depois... Mas eu também esqueci o título!

Isso tudo porque eu resolvi deixar o post pra depois (verdade, alguns dias depois). Fico muito mordido de raiva quando isso acontece: você tem uma idéia legal, um nome legal, até pensa em algumas linhas e frases bacanas... Mas quando resolve pegar a caneta e colocar a ponta no papel - "puf!" e a idéia se foi...

Isso acontece com bastante freqüência comigo. Talvez minhas professoras da infância estivessem certas sobre eu ser um menino muito disperso e com problemas de concentração. Só que eu esperava que isso passasse com a idade!

A verdade é que é ruim deixar certas coisas pra depois (ainda que seja muito bom deixar certas coisas pra depois... Ainda que eu não consiga pensar em nenhuma a não presentes de Natal). Por isso que eu comprei um Moleskine outro dia. É um caderninho charmoso, Dr. Henry Jones tinha um. Capa de couro, cheio de tradição por trás da marca e que o Google com certeza pode apontar muito mais detalhes do que eu. No final, acabei ficando com dó de gastar o Moleskine e mal usei, mas esse não é o ponto da questão...

O fato é que eu finalmente tinha algo pra falar, mas agora não tenho mais. Claro, deve haver uma lição moral por trás disso tudo...

Meu Moleskine


Recebi outro dia o link para uma página cujo conteúdo principal era o vídeo abaixo.

É uma página da Peta, então não sei até onde acreditar e/ou confiar. Acho que eles são um tanto quanto radicais, e eu não concordo muito com eles em alguns (muitos) pontos.

Dizem tratar-se de uma fazenda de peles de animais da China. Se você tiver estômago para ver o vídeo (e eu não o recomendo se você for um pouco sensível ou se emocionar facilmente), vai perceber que há um tanto de sadismo e crueldade no tratamento desses animais.

Não sou vegetariano, vegan, ou o que seja, ainda que os respeite muito. Não levo jeito pra coisa, acho. Eu gosto muito de comer carne, proteína, e derivados de qualquer coisa que um dia foi um ser vivo (aliás, os vegetais também foram seres vivos um dia, certo?).

Porém eu gosto que a minha comida seja bem tratada. Não gostaria que nenhum ser vivo, qualquer que fosse a finalidade de sua vida, sofresse as crueldades mostradas nesse vídeo.

Aliás, exatamente em razão da própria finalidade da vida dos animais que nos alimentam e nos vestem, acho que uma morte digna seria o mínimo de respeito que eles merecem.

Claro, essa é só a minha opinião. O site ainda pede pra que se assine um abaixo-assinado, oferece formas de doação de dinheiro, e sugere que as pessoas evitem usar a moda derivada de peles de animais.

Das três opções, eu fiquei só com a última.


terça-feira, 29 de julho de 2008

Faz algum tempo...

Mais de um mês sem escrever. Acho que dar notícias de que "ei, estou vivo, com saúde, trabalhando muito e recebendo pouco" seria uma boa idéia, não fosse minha falta de ânimo para escrever qualquer coisa sobre qualquer coisa. Este post é, basicamente, um filler, só pra cumprir tabela. Chega a ser horrível dizer isso, mas é pior ainda ver o journal abandonado por tanto tempo, então, Oi, eu estou vivo, com saúde, trabalhando muito e recebendo pouco. E isso vale principalmente para todos que me escreveram e que não receberam resposta nenhuma ainda.

Ontem eu colhi meus dois primeiros pés de manjericão. Fiz berinjela ao forno com eles. O manjericão foi para o molho, vermelho, que rega a berinjela à milanesa, tudo coberto com queijo e gratinado no forno. Modéstia à parte, ficou bom.

Sem grandes novidades. Câmbio e desligo.

terça-feira, 8 de julho de 2008

A pedidos, uma crônica...

Eu gosto da surpresa. O poder transformador de sensações que a falta de expectativa cria é simplesmente fantástico.
E foda-se a atitude politicamente correta, mas eu vou contar, admitindo toda a minha falta de nobreza, sobre como eu cheguei (ou voltei) à essa conclusão.

Agora há pouco eu fui comprar cigarros numa loja de conveniência aqui perto de casa. É prático, é perto, é conveniente. E aproveitei a deixa pra comprar uma cerveja (sim, no meio da semana).

Sou do tipo que não gosta muito de arriscar aqui nessa ilha de merda quando o assunto é cerveja. Não que eu seja convervador, pelo contrário, mas é porque japas entendem tanto de cerveja quanto entendem de depilação (é cada floresta negra andando de bike e mini saia por aqui que dá até medo).

Mas eis que, dessa vez, sei lá o que me ocorreu, eu resolvi deixar a tradicional Yebisu de lado (uma das poucas cervejas que atinge o meu paladar mínimo pra cevada) e arriscar uma outra chamada "Premium - Rich Taste" (sim, eles também entendem o mesmo tanto sobre batismos). A garrafinha de vidro charmosa me atraiu, acho.

E eu a comprei. Sem expectativas. Sem esperar nada além de, no máximo, uma cerveja 100% malte. Saí da loja, acendi meu cigarro recém adquirido, montei na bicicleta e abri a garrafa. E o primeiro gole foi sensacional!

Eu estava com o player da mulher, e por acaso ouvi o combo Golden Slumbers e Carry That Weight dos Beatles. E andar de bike, com a brisa da noite virginal de um dia de verão no rosto, ouvindo um som sensacional dos Beatles e tomando uma cerveja ale (sim, era ale!!!), 100% malte, com corpo feminino sensual e adocicado, notas de amargor no ponto certo, grãos levemente torrados (na medida que eu gosto). Puta merda!... Se eu fosse crente, eu teria visto Deus!

Não foi nada demais. É apenas o tipo de cerveja que me agrada, nada além disso. Uma receita simples bem feita, seguida bem à risca. Mas era algo que eu não esperava, e isso fez com que ela se tornasse uma das melhores cervejas que eu tomo em tempos (ainda que, há menos de quatro dias, eu tenha bebido uma cerveja muito superior em sabor e qualidade). Até deixei o cigarro, que foi o que me levou à loja de convenicência, para o vento fumar.

Todo mundo já deve ter experimentado algo assim. Embarcar numa aventura diferente apenas por embarcar. Nada de curiosidade, nada de recomendações fantásticas, nada de críticas de especialistas dizendo sobre como isso ou aquilo deve se comportar. E é aí que mora o segredo da surpresa: você não a espera. Ela simplesmente acontece!

Não estou falando em comportamentos radicais, em jovens querendo berrar "ei, eu sou um punk!". Isso é premeditado. Não mora a ausência de expectativa nisso. Estou falando em como aquela menina que estudou o tempo todo com você, mas que só hoje, anos depois de se conhecerem, de repente te agarra e passa a te cativar mais e mais, e um dia, quiçá, vai se casar com você e se tornar a mulher da sua vida.

Você não espera pelas pequenas coisas. Elas simplesmente acontecem. E se tornam os maiores milagres da vida.

sábado, 14 de junho de 2008

Download Day: 17/06/2008

Estou com dores terríveis nos braços (começa no alto dos ombros e termina nas bolhas dos dedos da mão), de forma que estou passando rapidinho só pra deixar um aviso: o Download Day do Mozilla Firefox que eu havia comentado vai se realizar dia 17 de junho próximo.
Quando eu melhorar, escrevo algo mais.

domingo, 8 de junho de 2008

Domingo: dia de espinafre e música

Hoje faz uma semana que eu plantei espinafre, e para a minha surpresa, ele cresceu bastante. As sementes que equivocadamente ficaram por cima da terra acabaram tendo que dar espaço para as mudas que cresceram mais firmes na terra, despontadas para cima em folhas finas de cor verde bem viva. Um contraste interessante se comparadas com as folhas largas e escuras de um espinafre adulto.


Isso me animou bastante, é legal ver uma forma de vida que você está cultivando crescer desse jeito, e hoje acabei plantando manjericão, que é algo um tanto quanto raro por aqui, principalmente fresco.

Uma rápida pesquisa no Google me mostrou que, apesar do espinafre ser uma planta melhor adaptada a temperaturas amenas (e, portanto, eu o plantei na época errada, já que eu estou em plena primavera, prestes a entrar no verão), a época ideal para o plantio do manjericão é agora, durante as chuvas desta estação, já que é uma planta que gosta de calor.

Se o espinafre, que deveria ter sido plantado quando o tempo ainda não estava tão quente, está crescendo rápido assim, eu imagino como o manjericão estará daqui uma semana...

Hoje também fiz meu primeiro ensaio em estúdio com os japas que querem tocar punk/hard core.

Estúdio pequeno. Era proibido comer, beber ou fumar, ou seja, nada de cigarro, nada de cerveja. Essa foi a parte chata, mas apesar disso, o estúdio era confortável e tinha uma boa aparelhagem: paredes de Marshalls, e eles forneciam a bateria completa (com pratos, muitos pratos!).

Toquei numa Pearl, pelagens Tama (onde eu deixei registros da minha ogra passagem), pratos Zildjian. Boa bateria, peles e pratos rápidos.

O ensaio foi muito mais para conhecer o resto da banda (que, no caso, se resume ao baixista). Descobri que somos um power trio, e tocamos apenas alguns covers de músicas e bandas que eu não conhecia. Apesar disso, até que conseguimos tirar um som bacana (não por cauda das habilidades do baterista - as músicas eram fáceis, apenas um pouco rápidas). Mais tarde, quando eu ouvi as versões cobertas pela gente, descobri que a minha bateria soou de uma forma bem diferente das originais. Como um hard rock rápido, com mais tons e pratos e mais viradas. E modéstia à parte, eu prefiro as minhas versões.

Tive que levar apenas as minhas baquetas, que, acostumadas a bater em pads de borracha, voltaram pra casa todas marcadas pelos pratos. Meus dedos também: voltei com algumas bolhas na mão... Nada que não sare antes de casar.

Sábado que vem, novo ensaio. E por ora, dormir.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Download Day 2008

Meu navegador de Internet é o Firefox. Não quero fazer propaganda ou apologias ao programa, mas é o navegador que eu uso, e eu gosto dele. É leve, prático, seguro, e tem tudo que um navegador de Internet poderia ter de útil.
A versão que eu uso atualmente é a 2.0.0.14 (que, salvo engano, é a versão mais atual até o atual presente). Contudo, está para ser lançada a versão 3 desse navegador, que eu adianto, não sei dizer se será tão boa quanto a atual (espero que seja melhor, mas minha experiência com o MS Windows já me mostrou que "nova versão" nem sempre é sinônimo de "versão melhor").
De qualquer forma, a Mozilla, empresa que desenvolve o Firefox, está tentando bater um recorde e entrar para o Guiness com o Firefox 3 como o software mais baixado em 24 horas. Para tanto, estão fazendo um certo drama a respeito do lançamento oficial do Firefox e pedindo que pessoas se cadastrem para receber informações a respeito do lançamento do navegador e fazer o seu download no Download Day - um dia específico para se tentar emplacar o recorde.
Mais informações em: http://www.spreadfirefox.com/pt-BR/worldrecord
Baixar o programa não quer dizer, necessariamente, instalá-lo.
Caso eu me lembre, é bem provável que eu faça o download no tal do Download Day...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Espinafre

Domingo passado eu plantei espinafre.
Depois de uma faxina rápida no apartamento, eu vi que um vaso, um pacote de terra e outro de sementes, que eu comprei ano passado (há quase um ano, seria melhor dizer), ainda estava encostado perdido num canto da casa.
Muitas coisas aconteceram no intervalo de um ano pra cá. E aconteceram rápido. Não que este seja um post retrospectivo (algo que eu pretendo fazer em breve, mas não hoje), mas eu preciso de uma desculpa, afinal, não é normal deixar um kit para o plantio de espinafre encostado tanto tempo.
E então, eu plantei espinafre.
A terra estava bem seca, o que foi bom, porque tinha mais terra no saco do que cabia no vaso, assim eu não fiz muita sujeira na hora de colocar a terra. Mas eu abri o pacote de sementes, que também tinha mais sementes do que cabia no vaso, demais. E, ao contrário do que se passou com a terra, eu acabei colocando sementes demais no vaso.
Depois de plantar as sementes e aguar a terra, eu confesso que ainda não havia checado a situação do espinafre, mas eu o fiz hoje, e para a minha surpresa, eu vi isso:


Para os olhos pouco atenciosos, isso é uma foto de algumas pequenas sementes de espinafre, equivocadamente lançadas "sobre" (e não "sob") a terra, começando a germinar.

Também domingo passado eu acabei aceitando algo que não devia. Um japa veio aqui em casa tirar um som. A princípio, pensei que fosse uma pequena jam, algo pro blues ou rock clássico. Mas ele quer tocar hard core, e precisa de um baterista, e eu, que já tenho pouco tempo livre e não tenho físico, fôlego ou gosto para o hard core, acabei aceitando...

Veremos. Diz ele que a banda (que eu não sei se já foi batizada ou não) pretende fazer um som próprio, e se isso for verdade, eu vou ter chances de convencê-los a mudar o direcionamento musical da banda.

Mais coisas virão com o tempo, e com o tempo, novos posts.

Até lá.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Shaking post

Passando rapidinho só pra avisar que teve um pequeno tremor aqui na região... E não, não foi culpa do McDonalds passado que eu comi no almoço.
Cheguei a pensar que fossem meus simpáticos vizinhos barulhentos e arredios, tal como pensei no último terremoto que teve por aqui, mas não, foi só um tremorzinho mesmo.
Ainda estou vivo. Eu acho. Ergo sum.
Sem mais notícias, câmbio e desligo.

sábado, 24 de maio de 2008

Ob-la di, ob-la da!

Desculpem-me pela total falta de criatividade, mas eu sou péssimo para criar nomes e títulos, e "Ob-la di, ob-la da" foi o melhor que eu consegui pensar. Culpa de "Across The Universe", eu acho. Último filme que eu assisti. O roteiro? Péssimo. Mas é um musical feito com canções dos Beatles, e só por isso merece ser assistido.

Terminei de ler "A Catedral do Mar". Não, não é um ótimo livro. Mas também não é um livro ruim, ainda que a tradução para o português o seja - e eu percebi que a qualidade da tradução caiu principalmente no final do livro, o que me leva a crer que uma futura segunda edição, quando o tradutor tiver que se preocupar menos com prazos, terá uma tradução melhor.
Não há muito mais para se falar do que aquilo que eu já havia dito. É um livro escrito em cima de muita pesquisa, e que tem seu mérito por isso, mas onde falta estilo e, quiçá, um pouco de experiência.
De qualquer forma, ainda estou em dúvida em dizer se é um bom livro, mas pelo sim ou pelo não, fica a recomendação aos que não têm medo de arriscar.

Comecei, na seqüência, "Arte e Mentiras: composição para três vozes e uma cafetina", da inglesa Jeanette Winterson. Confesso que ainda não havia lido nada da Winterson, mas o nome já está na minha lista de próximas leituras. A história dessa autora é, no mínimo, curiosa. Adotada por uma família muito religiosa que esperava que ela se tornasse uma missionária religiosa, foi expulsa de casa após se apaixonar por uma das garotas que deveria converter. Esse é o tema do seu primeiro romance ("Oranges Are Not The Only Fruit"), envolvendo um pouco de exorcismo e coisas mais. Provavelmente, será o próximo Winterson que eu lerei.

"Arte e Mentiras" foi lançado no Brasil na FLIP (Festa Literária de Parati) de 2005. De cara, me apaixonei. Mas vou deixar pra escrever melhor sobre este aqui quando o tiver terminado de ler.

Falando em FLIP, o evento deste ano (2 a 6 de julho) vai contar com Neil Gaiman, lançando "Fragile Things" (literalmente traduzido para "Coisas Frágeis" pela Conrad) e o último volume da reimpressão compilada de Sandman. Pena não poder participar. Aos que puderem, não percam.

Terminei um conto. Curto, rápido. Algumas pessoas já leram, mas eu não posso postar enquanto não mudar os nomes de alguns personagens que comprometem alguns amigos em quem foram baseados.

Aliás, vejam "Memórias Alheias" do brasileiro Allan Sieber. Meio antiga, já tinha visto há um tempo, mas ainda assim, demais!

Bom, é isso.

Sobre a chuva, parou. Mas voltou, e continua...
A de hoje está mais para Billy Holiday do que para Jane Siberry.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Raining post

Está chovendo. Muito. E ventando.
But it can't rain all the time...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

E eu dizia...

Que eu fiz meu batismo no mar. Sou oficialmente um open water licenciado pra mergulhar até 20 metros de profundidade em qualquer lugar que tenha água!
Sobre o mergulho? Foi bacana. Choveu no dia, a água estava gelada (14 graus centígrados! Quase congelei...), a vegetação marinha atrapalhou, a fauna marinha era pouca (exceto, talvez, se se considerar as água-vivas), mas ainda assim, foi duca!
A sensação de respirar embaixo d'água é única. É coisa fora de série olhar pra cima e ver um "bando" de peixes e um mundarel de água sem fim.
Mas não é perigoso? Não rola aquele lance de nitrogênio no sangue, no corpo? Sim, sim. Mas como dizia o poeta, vale a pena! Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu...

E eu terminei Anansi Boys. Não é o melhor do Gaiman. Pelo contrário, achei que faltou algo em alguns personagens, que algumas tramas paralelas foram esquecidas, e que o final foi amarrado na força. Mas ainda assim, é um bom livro, nem que seja só pelo estilo do Neil Gaiman.

Na seqüência, comecei A Catedral do Mar, romance de estréia do espanhol Ildefonso Falcones de Sierra. É um bom livro, retrata muito bem o final da Idade Média, percebe-se que o autor se esforçou bastante e que fez uma extensa pesquisa para escrever o livro. Mas pegar este livro saindo de um Neil Gaiman é um contraste grande. Falta "paixão" nos personagens, a trama dá pulos temporais gigantescos, pouca coisa é explicada, e tudo segue um ritmo, até agora, excessivamente cadenciado (tal qual uma melodia medieval, de poucos acordes, notas previsíveis, escala limitada e tocada em compassos milimetricamente marcados).
Há passagens desnecessárias, como certas falas de personagens arrolando todas as leis da vassalagem (coisa de advogado - e eu me permito criticar por ser um), ou pior, explicando-as.
Mas ainda assim é um bom livro. Talvez careça um pouco de estilo, mas é interessante ver como a Idade Média é fielmente retratada no livro.
Tivesse eu lido esse livro na minha época de escola, talvez não tivesse ficado de recuperação em História quando aprendi a Idade Média (e, o incrível, é que eu tinha interesse na matéria)...

E respondendo a alguns que me escreveram, a Old Speckled Hen (e nao "Od", como eu escrevi) é uma ale inglesa muito boa que eu sempre tomo no Elephant's Nest (sim, batizado por causa do livro), um pub de estilo britânico que fica em Fushimi, Nagoya, e que é um dos poucos lugares por aqui em que se pode desfrutar de uma cerveja de boa qualidade. Destaque para os seus chopps (a Old Speckled Hen é um deles) e para o fish and chips.

Cheers!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Brief post

Hey, mates!

Estou levemente não muito apto para escrever, então apenas passando para comentar quão maravilhosa é uma draft Od Speckled Hen, e que eu fiz meu batismo no mar sábado passado.
Mergulhei pela primeira vez em águas abertas em Fukui.
A água estava fria, extremamente fria. Também estava infestada de pequenas água-vivas (a maioria, já moribunda). E havia um irritante excesso de vegetação marinha.

Mais tarde, quando eu estiver melhor, escreverei mais.

So long and thanks for all the fish and chips.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Cell Phone Test

Postando pelo celular (muito mais por teste do que para escrever algo de novo - ate porque e' muito ruim escrever pelo celular).
Em tempo, foto de um suquinho muito gostoso de se tomar (foto tambem do celular).

quinta-feira, 3 de abril de 2008

You're never too old to rock'n'roll...

Reavivando as coisas por aqui, chacoalhando a poeira do corpo, postando via e-mail porque eu esqueci a senha e o login do blogger...

Faz tempo que eu não dou sinal de vida pra ninguém, e acho que é hora de rever objetivos (ainda que eu esteja, de certa forma, focado em um deles).

Soube por um dos meus RSS Feeders (única coisa que eu tenho lido atualmente) que Joe Hill ganhou o Stoker Award com seu romance de estréia "Heart Shaped Box" (lançado pela Sextante no Brasil sob o título de "A Estrada da Noite").

Não li boas críticas do livro, mas também ainda não li o livro para formar minha própria opinião (o meu está bem longe daqui, e como eu não pretendo comprar outra cópia, ainda que no idioma original - além do fato de já ter outros títulos esperando na fila - é bem provável que eu demore algum tempo até ter alguma). Mas o livro começa com uma citação do ótimo "A Voz do Fogo", do gênio e bruxo Alan Moore.

Aliás, o autor (Hill, não Moore) comentou em seu blog que leu, recentemente, a nova edição de "League of Extraordinary Gentlemen" do bruxo inglês, e deu boas críticas ao livro, de forma que estou cogitando a idéia de fazer algumas encomendas na Amazon.

E mudando de assunto, e para quem possa interessar, as coisas por aqui estão razoavelmente bem, obrigado. Só estou extremamente atolado de ocupações - não que isso seja problema, mas eu preferiria estar ocupado de outras formas, e não seja tão curioso.

Não terminei de ler nada novo. O último livro foi "Time Machine" do Wells de um Penguin Classics que eu comprei por ser barato e por não ter nada melhor ou mais recente e curto. E estou lendo "Anansi Boys" do Gaiman (no idioma original, mas na edição americana, já que o meu em português também está bem longe daqui), ao lento ritmo de poucas páginas por dia (não pela má qualidade do livro - muito pelo contrário - mas pela frustrante falta de tempo livre).

Também não estou escrevendo nada de novo. Tentei revisar coisas antigas. Acredito que melhorei "O Preço" (e agora estou cogitando mudar o título do conto) e a introdução de um projeto ainda sem título.

E ainda vai chegar o dia em que eu vou postar neste blog algo do tipo "terminei mais um capítulo do <nome do livro> e ele continua fluindo bem, obrigado", mas isso será em um futuro ainda distante, já que estou um pouco atarefado demais com coisas distintas demais e eu ainda tenho que rever objetivos e dar sinais de vida, o que fica pra próxima ocasião (provavelmente daqui mais uma semana) porque agora estou um pouco exausto demais de fazer coisas de mais and it's bed time baby.