Cerveja austríaca. Lager forte.
Bem forte!
Segundo a fabricante, essa cerveja é produzida uma única vez por ano, no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau (o próprio rótulo diz: "La bière du Père Noel"), passando por um processo de envelhecimento por dez meses antes de ser envazada.
Experimentei a "safra de 2011", cujo processo de fabricação deve ter se iniciado ano passado (2010).
Ao servir a cerveja, a primeira característica notada é que ela não forma o famoso "colarinho". Na verdade, é uma cerveja com pouquíssima concentração de gás.
No entanto, apesar do pouco gás, trata-se de uma cerveja "robusta", encorpada e cremosa, ainda que bem filtrada.
No copo, percebemos que a cerveja é bastante filtrada por sua coloração. É uma cerveja de tom escuro forte e bastante avermelhada, mas também bastante cristalina.
Tem um aroma bem forte, de doce torrado, como "calda de pudim".
Ao primeiro gole, a característica mais marcante de seu paladar é o tom adocicado, forte, como de caramelo. Por ser bastante densa, chega a ser quase licorosa.
Tem o teor alcólico bem forte também, de 14%, o que é bastante alto para uma lager (a Samichlaus Bier foi a lager com o maior teor alcólico que eu já tomei até hoje).
Aliás, não apenas o teor alcólico de 14% é alto para uma lager, mas também o período de envelhecimento de 10 meses, sendo que ambos devem ocorrer por conta da época e do local em que a cerveja é produzida.
Esse alto teor alcólico, inclusive, é o que não deixa o adocicado da cerveja se confundir com o adocicado do estilo Malzbier.
O teor alcólico destaca-se, também, no paladar. Junto com as notas adocicadas, o teor alcólico é uma característica que chama a atenção no sabor da cerveja, tendo um toque quase seco no final.
Aliás, o paladar, no final, traz notas muito interessantes. A cerveja tem um tom amadeirado, com um amargo torrado levemente picante.
Por ser adocicada e forte, pode ser um pouco enjoativa.
Só a encontrei em garrafas longneck de 330ml, o que é mais que suficiente para uma pessoa.
Acompanha bem doces, podendo ser servida sozinha ao final da refeição, como digestitivo.
Achei a cerveja muito adocicada no começo, sendo que o doce da cerveja se sobrepõe às demais notas, encobrindo boas características, como o amadeirado e o picante.
É uma cerveja feita para se tomar devagar, em goles lentos, e não muito gelada, sendo boa para o fim a que se propõe.
De zero a dez, nota 7 para a cerveja.
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domingo, 6 de novembro de 2011
Samichlaus Bier 2011
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Besouro
O primeiro longa-metragem do publicitário João Daniel Tikhomiroff, Besouro, está programado para estrear por aqui no próximo dia 30 de outubro, mas ontem eu pude conferir de ante-mão uma das (várias) pré-estréias que o filme vem utilizando para se lançar pelo Brasil. Agradecimentos ao Omelete pela oportunidade!
Já faz algum tempo que eu assisti ao trailer do filme. As cenas de ação me impressionaram, mas confesso que na época fiquei com medo de se tratar de um "O Tigre e o Dragão" com uma pseudo-capoeira. No entanto, eu tive uma boa surpresa ao assistir ao filme.
O filme começa com uma seqüência interminavelmente lenta de cartelas redundantemente narradas que nos coloca no tempo e espaço do filme: o Recôncavo Baiano na década de 20.
Antes do filme começar de fato, somos rapidamente apresentados aos personagens, ainda em sua infância, para então "decolarmos vôo" (literalmente) em direção à história.
A adaptação do livro "Feijoada no Paraíso" (Marcos Carvalho) nos conta a história do capoeirista Besouro (Aílton Carmo), que se culpa pela morte de seu Mestre Alípio (Macalé), e a sua transformação na lenda que carrega a missão de cumprir o trabalho iniciado por seu mestre, a libertação de seu povo, com a ajuda das forças místicas do candomblé.
Não se trata do melhor filme de ação que eu já assisti, mas ainda assim é um filme acima da média, ainda mais por se tratar de um filme nacional, que não possui muita (aliás, nenhuma) tradição nesse gênero.
O filme faz muito bom uso de alternância de narrações, utilizando por várias vezes a câmera em primeira pessoa, assim como o faz ao empregar a não-linearidade para contar a história, que contribui para o efeito dramático no final do filme (ah, sim, isso antes das cartelas narradas aparecerem novamente).
Vale destacar, também, a excelente fotografia do filme. Com ótimas composições, ajudou a destacar as cenas mais instrospectivas do protagonista, que combinadas com a ausência de falas, faz da fotografia do filme um brilho à parte.
A trilha sonora também é muito boa, fugindo do que seria esperado para esse tipo de filme: percussão e berimbaus. Causa até uma rápida surpresa ouvir quando Nação Zumbi toca pela primeira vez, mas a combinação é harmoniosa. Não tanto quanto a sua edição, que deixou a desejar com cortes excessivamente bruscos.
As cenas de ação, no entanto, são o grande ponto forte do filme, dignas de qualquer super produção estrangeira, e inéditas na história do cinema nacional. Mais importante ainda, mantiveram-se fiéis à arte da capoeira todo o tempo. O chinês Ku Huen Chiu (Kill Bill e O Tigre e O Dragão) foi o responsável pela coordenação das cenas de ação, o que pode explicar um pouco esse sucesso.
Como na maioria dos filmes de ação, o roteiro não se aprofunda em todas as tramas que abre. Há um óbvio relacionamento amoroso que poderia ter sido suprimido ou desenvolvido, mas que manteve-se "morno" demais. A supressão dessa trama amorosa, no entanto, resultaria no corte de uma das melhores cenas do filme, onde um jogo de capoeira se cruza com um jogo de sedução.
O filme deu novo destaque (ainda que sem muito aprofundamento) à capoeira e ao candomblé, o que não se tinha visto no cinema até então. E apesar do filme manter esses temas apenas na esfera estética, trabalhou-os muito bem. Desenvolver demais os temas do candomblé e da capoeira poderia fugir da "brasileiridade" do filme pra se tornar mero "folclorismo".
De zero a dez, nota 6 para o filme.
Já faz algum tempo que eu assisti ao trailer do filme. As cenas de ação me impressionaram, mas confesso que na época fiquei com medo de se tratar de um "O Tigre e o Dragão" com uma pseudo-capoeira. No entanto, eu tive uma boa surpresa ao assistir ao filme.
O filme começa com uma seqüência interminavelmente lenta de cartelas redundantemente narradas que nos coloca no tempo e espaço do filme: o Recôncavo Baiano na década de 20.
Antes do filme começar de fato, somos rapidamente apresentados aos personagens, ainda em sua infância, para então "decolarmos vôo" (literalmente) em direção à história.
A adaptação do livro "Feijoada no Paraíso" (Marcos Carvalho) nos conta a história do capoeirista Besouro (Aílton Carmo), que se culpa pela morte de seu Mestre Alípio (Macalé), e a sua transformação na lenda que carrega a missão de cumprir o trabalho iniciado por seu mestre, a libertação de seu povo, com a ajuda das forças místicas do candomblé.
Não se trata do melhor filme de ação que eu já assisti, mas ainda assim é um filme acima da média, ainda mais por se tratar de um filme nacional, que não possui muita (aliás, nenhuma) tradição nesse gênero.
O filme faz muito bom uso de alternância de narrações, utilizando por várias vezes a câmera em primeira pessoa, assim como o faz ao empregar a não-linearidade para contar a história, que contribui para o efeito dramático no final do filme (ah, sim, isso antes das cartelas narradas aparecerem novamente).
Vale destacar, também, a excelente fotografia do filme. Com ótimas composições, ajudou a destacar as cenas mais instrospectivas do protagonista, que combinadas com a ausência de falas, faz da fotografia do filme um brilho à parte.
A trilha sonora também é muito boa, fugindo do que seria esperado para esse tipo de filme: percussão e berimbaus. Causa até uma rápida surpresa ouvir quando Nação Zumbi toca pela primeira vez, mas a combinação é harmoniosa. Não tanto quanto a sua edição, que deixou a desejar com cortes excessivamente bruscos.
As cenas de ação, no entanto, são o grande ponto forte do filme, dignas de qualquer super produção estrangeira, e inéditas na história do cinema nacional. Mais importante ainda, mantiveram-se fiéis à arte da capoeira todo o tempo. O chinês Ku Huen Chiu (Kill Bill e O Tigre e O Dragão) foi o responsável pela coordenação das cenas de ação, o que pode explicar um pouco esse sucesso.
Como na maioria dos filmes de ação, o roteiro não se aprofunda em todas as tramas que abre. Há um óbvio relacionamento amoroso que poderia ter sido suprimido ou desenvolvido, mas que manteve-se "morno" demais. A supressão dessa trama amorosa, no entanto, resultaria no corte de uma das melhores cenas do filme, onde um jogo de capoeira se cruza com um jogo de sedução.
O filme deu novo destaque (ainda que sem muito aprofundamento) à capoeira e ao candomblé, o que não se tinha visto no cinema até então. E apesar do filme manter esses temas apenas na esfera estética, trabalhou-os muito bem. Desenvolver demais os temas do candomblé e da capoeira poderia fugir da "brasileiridade" do filme pra se tornar mero "folclorismo".
De zero a dez, nota 6 para o filme.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
Bastardos Inglórios
O último filme dirigido por Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds - EUA, 2009), estreou por aqui na última sexta-feira. No entanto, acabei conferindo o filme somente ontem, em pleno feriado de 12 de outubro (aliás, ótimo presente de dia das crianças que eu me dei).
O filme era aguardado para o dia 23 de outubro, mas em razão do Festival do Rio, teve sua estréia antecipada para o dia 9.
Ok, antes de mais nada, é melhor eu deixar claro que eu sou um grande admirador do trabalho do Tarantino, e depois de assistir Bastardos Inglórios, eu claramente percebi que sou cada vez mais fã de Tarantino. Então, por mais que eu tente ser neutro, a crítica abaixo não vai ser totalmente imparcial.
No filme, acompanhamos o tenente americano Aldo Rayne (interpretado por Brad Pitt) e seu grupo de soldados conhecido como Os Bastardos, em sua luta pela Europa contra os nazistas.
E o filme é excelente. Para quem conhece o trabalho de Quentin Tarantino e entende sua narrativa e seu estilo, que invariavelmente implica falar numa rapsódia de estilos, homenagens ao cinema e à cultura pop, e diálogos marcantes, tudo sempre devidamente acompanhado de sua ultra-violência (praticamente uma assinatura Tarantinesca), o filme é ainda melhor.
Bastardos Inglórios traz um bom roteiro, como geralmente são os roteiros assinados por Tarantino. E apesar de toda a mistura de estilos cinematográficos (que acaba criando o estilo único de Tarantino), não se trata de mais um Kill Bill, que não foi muito bem recebido no Brasil por causa de seu roteiro (na verdade, eu apontaria que a má recepção de Kill Bill no Brasil se deu por causa da pouca familiaridade do público brasileiro com os estilos que Tarantino incorporou no filme).
O filme é dividido em cinco capítulos, cada qual trazendo, de forma mais ou menos organizada, elementos dos estilos que ele incorpora em sua narrativa. Claro que o estilo de Tarantino se faz presente em todo o filme, mas podemos perceber uma tentativa de organização dos temas homenageados neste filme. Como logo no começo do filme (e eu adoro a forma que os créditos iniciais, bem como a narrativa, são apresentados nos filmes do Tarantino), onde já vemos, na música de abertura, uma clara homenagem ao western spaghetti que o diretor tanto gosta.
O título do filme, aliás, já é em si uma referência ao cinema italiano. Quando foi anunciado, especulou-se se Bastardos Inglórios seria uma refilmagem do filme homônimo de 1978. E não, não é. Outra especulação foi a respeito do título, que passou a se chamar Inglorious Basterds, e não Inglorious Bastards, como seria a grafia correta em inglês. E o motivo da troca das vogais no título logo se faz entender quando ouvimos o sotaque do personagem de Brad Pitt. Aliás, um dos melhores momentos do filme acontece graças à habilidade de Brad Pitt lidar com sotaques.
Outro personagem que merece grande destaque é o oficial nazista Hans Landa (interpretado por Christoph Waltz), essencial para o andamento e desfecho do filme. Um dos personagens mais ricos da trama, combinado com uma ótima atuação de Christoph Waltz.
Após testemunhar a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Christoph Waltz), Shosanna (uma jovem judia interpretada por Mélanie Laurent) assume nova identidade como dona de um pequeno cinema na França. Nesse meio tempo, o tenente Aldo Rayne (Brad Pitt) espalha o terror entre os nazistas pela Europa.
É então, numa estréia de um filme nazista dentro do cinema da jovem Shosanna que todos os personagens se encontram, e acontece o grande desfecho do filme.
De zero a dez, nota 8 para o filme.
O filme era aguardado para o dia 23 de outubro, mas em razão do Festival do Rio, teve sua estréia antecipada para o dia 9.
Ok, antes de mais nada, é melhor eu deixar claro que eu sou um grande admirador do trabalho do Tarantino, e depois de assistir Bastardos Inglórios, eu claramente percebi que sou cada vez mais fã de Tarantino. Então, por mais que eu tente ser neutro, a crítica abaixo não vai ser totalmente imparcial.
No filme, acompanhamos o tenente americano Aldo Rayne (interpretado por Brad Pitt) e seu grupo de soldados conhecido como Os Bastardos, em sua luta pela Europa contra os nazistas.
E o filme é excelente. Para quem conhece o trabalho de Quentin Tarantino e entende sua narrativa e seu estilo, que invariavelmente implica falar numa rapsódia de estilos, homenagens ao cinema e à cultura pop, e diálogos marcantes, tudo sempre devidamente acompanhado de sua ultra-violência (praticamente uma assinatura Tarantinesca), o filme é ainda melhor.
Bastardos Inglórios traz um bom roteiro, como geralmente são os roteiros assinados por Tarantino. E apesar de toda a mistura de estilos cinematográficos (que acaba criando o estilo único de Tarantino), não se trata de mais um Kill Bill, que não foi muito bem recebido no Brasil por causa de seu roteiro (na verdade, eu apontaria que a má recepção de Kill Bill no Brasil se deu por causa da pouca familiaridade do público brasileiro com os estilos que Tarantino incorporou no filme).
O filme é dividido em cinco capítulos, cada qual trazendo, de forma mais ou menos organizada, elementos dos estilos que ele incorpora em sua narrativa. Claro que o estilo de Tarantino se faz presente em todo o filme, mas podemos perceber uma tentativa de organização dos temas homenageados neste filme. Como logo no começo do filme (e eu adoro a forma que os créditos iniciais, bem como a narrativa, são apresentados nos filmes do Tarantino), onde já vemos, na música de abertura, uma clara homenagem ao western spaghetti que o diretor tanto gosta.
O título do filme, aliás, já é em si uma referência ao cinema italiano. Quando foi anunciado, especulou-se se Bastardos Inglórios seria uma refilmagem do filme homônimo de 1978. E não, não é. Outra especulação foi a respeito do título, que passou a se chamar Inglorious Basterds, e não Inglorious Bastards, como seria a grafia correta em inglês. E o motivo da troca das vogais no título logo se faz entender quando ouvimos o sotaque do personagem de Brad Pitt. Aliás, um dos melhores momentos do filme acontece graças à habilidade de Brad Pitt lidar com sotaques.
Outro personagem que merece grande destaque é o oficial nazista Hans Landa (interpretado por Christoph Waltz), essencial para o andamento e desfecho do filme. Um dos personagens mais ricos da trama, combinado com uma ótima atuação de Christoph Waltz.
Após testemunhar a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Christoph Waltz), Shosanna (uma jovem judia interpretada por Mélanie Laurent) assume nova identidade como dona de um pequeno cinema na França. Nesse meio tempo, o tenente Aldo Rayne (Brad Pitt) espalha o terror entre os nazistas pela Europa.
É então, numa estréia de um filme nazista dentro do cinema da jovem Shosanna que todos os personagens se encontram, e acontece o grande desfecho do filme.
De zero a dez, nota 8 para o filme.
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sábado, 10 de outubro de 2009
Sierra Nevada Pale Ale
Apesar de ser uma cerveja razoavelmente famosa pelos Estados Unidos, confesso que não conhecia essa cerveja ainda.
Experimentei a Sierra Nevada Pale Ale não faz muito tempo (eu até havia feito algumas notas sobre essa cerveja, e só não havia escrito nada a respeito dela ainda por... hmm... desleixo?), na minha última visita aos Estados Unidos, num pub do lado do hotel que fiquei em Nova Iorque.
Escolhi por exclusão, procurava alguma cerveja que batesse com o meu gosto pelas ales inglesas, mas queria também experimentar alguma cerveja nova, e apesar de ser uma cerveja americana (Californiana, para ser mais exato), foi a que eu acabei pedindo. Tomei em chopp, não em garrafa (aliás, breve adendo: o pint americano é bem menor que o pint britânico, então não espere aquele tomar aquele monte de cerveja nos Estados Unidos se você estiver acostumado com o segundo tipo de pint).
E confesso que não me arrependi. Não bateu exatamente com o meu gosto (na verdade, eu procurava por uma cerveja bem diferente da Sierra Nevada), mas foi uma surpresa bastante agradável, e é uma cerveja que eu com certeza voltaria a tomar se a encontrasse novamente.
Possui o corpo bastante feminino, levemente adocicada, com notas de amargor bem leves no final do gole. Apesar do teor alcólico ser um pouco superior ao de uma light lager comum (o teor alcólico da Sierra Nevada é de 5,6%), ainda assim é uma cerveja leve e suave.
Não é uma cerveja de aroma forte, quase não possui bouquet, mas um olfato mais atento é capaz de perceber um aroma levemente floral, quase imperceptível. De toda sorte, tem o aroma muito fraco, de forma que não possui bouquet digno de qualquer avaliação.
É uma cerveja bem filtrada também (o que não é necessariamente uma característica positiva), o que talvez faça com que ela se torne tão leve. Essa característica, somada ao fato de ser uma cerveja com gaseificação bastante elevada, faz com que ela lembre levemente uma cerveja lager, apesar de ser uma pale ale.
A coloração é levemente avermelhada, mas de tom bem fraco, provavelmente em razão da forte filtragem.
Em razão da gaseificação elevada, por ser uma cerveja bem filtrada, pela coloração e ausência de aroma, suspeito que não seja uma cerveja 100% malte, mas admito que não é uma cerveja em que se perceba a presença de agentes de fermentação em seu paladar.
Aliás, o paladar da cerveja é muito bom. A Sierra Nevada não possui apenas agentes de fermentação, mas é bastante rica em agentes de sabor também. É uma cerveja que agrada o paladar sem chamar atenção. Cítrica, com acidez elevada, mas não além do limite ideal, levemente adocicada, com notas apimentadas e um aroma bem suave que quase chega em notas florais. Não consegui identificar o que a torna cítrica, já que não é adocicada o suficiente para ser laranja ou bergamota (definitivamente, não é laranja ou bergamota).
Não posso dizer ao certo, mas acredito ter notas de canela, pinho, e limão. Em conversas de bar, alguns moradores locais me disseram que não é limão, mas grapefruit. Eu, no entanto, nunca tomei cerveja com grapefruit (essa, aliás, é uma fruta que não gosto muito), e os locais com quem eu conversei eram de Nova Iorque, e não da Califórnia, de forma que eu ainda acredito ser limão, e não grapefruit.
É uma cerveja bem distinta, de destaque.
De zero a dez, nota 6,5 para a cerveja.
Experimentei a Sierra Nevada Pale Ale não faz muito tempo (eu até havia feito algumas notas sobre essa cerveja, e só não havia escrito nada a respeito dela ainda por... hmm... desleixo?), na minha última visita aos Estados Unidos, num pub do lado do hotel que fiquei em Nova Iorque.
Escolhi por exclusão, procurava alguma cerveja que batesse com o meu gosto pelas ales inglesas, mas queria também experimentar alguma cerveja nova, e apesar de ser uma cerveja americana (Californiana, para ser mais exato), foi a que eu acabei pedindo. Tomei em chopp, não em garrafa (aliás, breve adendo: o pint americano é bem menor que o pint britânico, então não espere aquele tomar aquele monte de cerveja nos Estados Unidos se você estiver acostumado com o segundo tipo de pint).
E confesso que não me arrependi. Não bateu exatamente com o meu gosto (na verdade, eu procurava por uma cerveja bem diferente da Sierra Nevada), mas foi uma surpresa bastante agradável, e é uma cerveja que eu com certeza voltaria a tomar se a encontrasse novamente.
Possui o corpo bastante feminino, levemente adocicada, com notas de amargor bem leves no final do gole. Apesar do teor alcólico ser um pouco superior ao de uma light lager comum (o teor alcólico da Sierra Nevada é de 5,6%), ainda assim é uma cerveja leve e suave.
Não é uma cerveja de aroma forte, quase não possui bouquet, mas um olfato mais atento é capaz de perceber um aroma levemente floral, quase imperceptível. De toda sorte, tem o aroma muito fraco, de forma que não possui bouquet digno de qualquer avaliação.
É uma cerveja bem filtrada também (o que não é necessariamente uma característica positiva), o que talvez faça com que ela se torne tão leve. Essa característica, somada ao fato de ser uma cerveja com gaseificação bastante elevada, faz com que ela lembre levemente uma cerveja lager, apesar de ser uma pale ale.
A coloração é levemente avermelhada, mas de tom bem fraco, provavelmente em razão da forte filtragem.
Em razão da gaseificação elevada, por ser uma cerveja bem filtrada, pela coloração e ausência de aroma, suspeito que não seja uma cerveja 100% malte, mas admito que não é uma cerveja em que se perceba a presença de agentes de fermentação em seu paladar.
Aliás, o paladar da cerveja é muito bom. A Sierra Nevada não possui apenas agentes de fermentação, mas é bastante rica em agentes de sabor também. É uma cerveja que agrada o paladar sem chamar atenção. Cítrica, com acidez elevada, mas não além do limite ideal, levemente adocicada, com notas apimentadas e um aroma bem suave que quase chega em notas florais. Não consegui identificar o que a torna cítrica, já que não é adocicada o suficiente para ser laranja ou bergamota (definitivamente, não é laranja ou bergamota).
Não posso dizer ao certo, mas acredito ter notas de canela, pinho, e limão. Em conversas de bar, alguns moradores locais me disseram que não é limão, mas grapefruit. Eu, no entanto, nunca tomei cerveja com grapefruit (essa, aliás, é uma fruta que não gosto muito), e os locais com quem eu conversei eram de Nova Iorque, e não da Califórnia, de forma que eu ainda acredito ser limão, e não grapefruit.
É uma cerveja bem distinta, de destaque.
De zero a dez, nota 6,5 para a cerveja.
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Take Love Easy...
Saiu por aqui esses dias o disco "Take Love Easy", terceiro trabalho de estúdio de Sophie Milman, cantora de jazz russa que reside no Canadá desde o começo dos anos 90.
(ok, está nas lojas desde junho, mas só agora eu comprei o CD...)
E o seu último álbum está excelente. Seguindo o próprio nome dado ao álbum, Sophie traz um trabalho suave, bem easy, com um jazz gostoso de se ouvir que por várias vezes mescla elementos do samba e da bossa nova brasileira.
Destaque, aliás, para a faixa "Triste", música composta originalmente por Tom Jobim, e que já fez sucesso na voz de Elis Regina.
Mas Sophie Milman não se deixa intimidar pelos nomes que já gravaram versões das músicas que compõem seu último álbum. Exemplo disso é a faixa "Take Love Easy", que já foi gravada por ninguém mais ninguém menos que Ella Fitzgerald, ou de outros clássicos do jazz, como "I Concentrate On You", "Day In, Day Out", "Love For Sale", e "Where Do You Start?".
Além disso, Sophie também faz versões de músicas de outros ritmos, trazendo-os para o jazz, como é o caso de "Be Cool", de Joni Mitchell, "I'm on Fire", do Bruce Springsteen, e "50 Ways to Leave Your Lover", de Paul Simon.
Tudo isso com segurança e leveza, fazendo do seu último disco um trabalho coeso e homogêneo, apesar dos muitos elementos diferentes incorporados. Um ótimo álbum de jazz que eu recomendo a todos que gostem do estilo.

E como a moda agora é que os artistas divulguem suas músicas pela Internet, este álbum pode ser conferido, na íntegra, no site da cantora: www.sophiemilman.com.
Não é possível, no entanto, fazer o download das faixas, e também não se sabe até quando vai estar disponível na Internet.
(ok, está nas lojas desde junho, mas só agora eu comprei o CD...)
E o seu último álbum está excelente. Seguindo o próprio nome dado ao álbum, Sophie traz um trabalho suave, bem easy, com um jazz gostoso de se ouvir que por várias vezes mescla elementos do samba e da bossa nova brasileira.
Destaque, aliás, para a faixa "Triste", música composta originalmente por Tom Jobim, e que já fez sucesso na voz de Elis Regina.
Mas Sophie Milman não se deixa intimidar pelos nomes que já gravaram versões das músicas que compõem seu último álbum. Exemplo disso é a faixa "Take Love Easy", que já foi gravada por ninguém mais ninguém menos que Ella Fitzgerald, ou de outros clássicos do jazz, como "I Concentrate On You", "Day In, Day Out", "Love For Sale", e "Where Do You Start?".
Além disso, Sophie também faz versões de músicas de outros ritmos, trazendo-os para o jazz, como é o caso de "Be Cool", de Joni Mitchell, "I'm on Fire", do Bruce Springsteen, e "50 Ways to Leave Your Lover", de Paul Simon.
Tudo isso com segurança e leveza, fazendo do seu último disco um trabalho coeso e homogêneo, apesar dos muitos elementos diferentes incorporados. Um ótimo álbum de jazz que eu recomendo a todos que gostem do estilo.

E como a moda agora é que os artistas divulguem suas músicas pela Internet, este álbum pode ser conferido, na íntegra, no site da cantora: www.sophiemilman.com.
Não é possível, no entanto, fazer o download das faixas, e também não se sabe até quando vai estar disponível na Internet.
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sábado, 24 de maio de 2008
Ob-la di, ob-la da!
Desculpem-me pela total falta de criatividade, mas eu sou péssimo para criar nomes e títulos, e "Ob-la di, ob-la da" foi o melhor que eu consegui pensar. Culpa de "Across The Universe", eu acho. Último filme que eu assisti. O roteiro? Péssimo. Mas é um musical feito com canções dos Beatles, e só por isso merece ser assistido.
Terminei de ler "A Catedral do Mar". Não, não é um ótimo livro. Mas também não é um livro ruim, ainda que a tradução para o português o seja - e eu percebi que a qualidade da tradução caiu principalmente no final do livro, o que me leva a crer que uma futura segunda edição, quando o tradutor tiver que se preocupar menos com prazos, terá uma tradução melhor.
Não há muito mais para se falar do que aquilo que eu já havia dito. É um livro escrito em cima de muita pesquisa, e que tem seu mérito por isso, mas onde falta estilo e, quiçá, um pouco de experiência.
De qualquer forma, ainda estou em dúvida em dizer se é um bom livro, mas pelo sim ou pelo não, fica a recomendação aos que não têm medo de arriscar.
Comecei, na seqüência, "Arte e Mentiras: composição para três vozes e uma cafetina", da inglesa Jeanette Winterson. Confesso que ainda não havia lido nada da Winterson, mas o nome já está na minha lista de próximas leituras. A história dessa autora é, no mínimo, curiosa. Adotada por uma família muito religiosa que esperava que ela se tornasse uma missionária religiosa, foi expulsa de casa após se apaixonar por uma das garotas que deveria converter. Esse é o tema do seu primeiro romance ("Oranges Are Not The Only Fruit"), envolvendo um pouco de exorcismo e coisas mais. Provavelmente, será o próximo Winterson que eu lerei.
"Arte e Mentiras" foi lançado no Brasil na FLIP (Festa Literária de Parati) de 2005. De cara, me apaixonei. Mas vou deixar pra escrever melhor sobre este aqui quando o tiver terminado de ler.
Falando em FLIP, o evento deste ano (2 a 6 de julho) vai contar com Neil Gaiman, lançando "Fragile Things" (literalmente traduzido para "Coisas Frágeis" pela Conrad) e o último volume da reimpressão compilada de Sandman. Pena não poder participar. Aos que puderem, não percam.
Terminei um conto. Curto, rápido. Algumas pessoas já leram, mas eu não posso postar enquanto não mudar os nomes de alguns personagens que comprometem alguns amigos em quem foram baseados.
Aliás, vejam "Memórias Alheias" do brasileiro Allan Sieber. Meio antiga, já tinha visto há um tempo, mas ainda assim, demais!
Bom, é isso.
Sobre a chuva, parou. Mas voltou, e continua...
A de hoje está mais para Billy Holiday do que para Jane Siberry.
Terminei de ler "A Catedral do Mar". Não, não é um ótimo livro. Mas também não é um livro ruim, ainda que a tradução para o português o seja - e eu percebi que a qualidade da tradução caiu principalmente no final do livro, o que me leva a crer que uma futura segunda edição, quando o tradutor tiver que se preocupar menos com prazos, terá uma tradução melhor.
Não há muito mais para se falar do que aquilo que eu já havia dito. É um livro escrito em cima de muita pesquisa, e que tem seu mérito por isso, mas onde falta estilo e, quiçá, um pouco de experiência.
De qualquer forma, ainda estou em dúvida em dizer se é um bom livro, mas pelo sim ou pelo não, fica a recomendação aos que não têm medo de arriscar.
Comecei, na seqüência, "Arte e Mentiras: composição para três vozes e uma cafetina", da inglesa Jeanette Winterson. Confesso que ainda não havia lido nada da Winterson, mas o nome já está na minha lista de próximas leituras. A história dessa autora é, no mínimo, curiosa. Adotada por uma família muito religiosa que esperava que ela se tornasse uma missionária religiosa, foi expulsa de casa após se apaixonar por uma das garotas que deveria converter. Esse é o tema do seu primeiro romance ("Oranges Are Not The Only Fruit"), envolvendo um pouco de exorcismo e coisas mais. Provavelmente, será o próximo Winterson que eu lerei.
"Arte e Mentiras" foi lançado no Brasil na FLIP (Festa Literária de Parati) de 2005. De cara, me apaixonei. Mas vou deixar pra escrever melhor sobre este aqui quando o tiver terminado de ler.
Falando em FLIP, o evento deste ano (2 a 6 de julho) vai contar com Neil Gaiman, lançando "Fragile Things" (literalmente traduzido para "Coisas Frágeis" pela Conrad) e o último volume da reimpressão compilada de Sandman. Pena não poder participar. Aos que puderem, não percam.
Terminei um conto. Curto, rápido. Algumas pessoas já leram, mas eu não posso postar enquanto não mudar os nomes de alguns personagens que comprometem alguns amigos em quem foram baseados.
Aliás, vejam "Memórias Alheias" do brasileiro Allan Sieber. Meio antiga, já tinha visto há um tempo, mas ainda assim, demais!
Bom, é isso.
Sobre a chuva, parou. Mas voltou, e continua...
A de hoje está mais para Billy Holiday do que para Jane Siberry.
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sexta-feira, 16 de maio de 2008
E eu dizia...
Que eu fiz meu batismo no mar. Sou oficialmente um open water licenciado pra mergulhar até 20 metros de profundidade em qualquer lugar que tenha água!
Sobre o mergulho? Foi bacana. Choveu no dia, a água estava gelada (14 graus centígrados! Quase congelei...), a vegetação marinha atrapalhou, a fauna marinha era pouca (exceto, talvez, se se considerar as água-vivas), mas ainda assim, foi duca!
A sensação de respirar embaixo d'água é única. É coisa fora de série olhar pra cima e ver um "bando" de peixes e um mundarel de água sem fim.
Mas não é perigoso? Não rola aquele lance de nitrogênio no sangue, no corpo? Sim, sim. Mas como dizia o poeta, vale a pena! Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu...
E eu terminei Anansi Boys. Não é o melhor do Gaiman. Pelo contrário, achei que faltou algo em alguns personagens, que algumas tramas paralelas foram esquecidas, e que o final foi amarrado na força. Mas ainda assim, é um bom livro, nem que seja só pelo estilo do Neil Gaiman.
Na seqüência, comecei A Catedral do Mar, romance de estréia do espanhol Ildefonso Falcones de Sierra. É um bom livro, retrata muito bem o final da Idade Média, percebe-se que o autor se esforçou bastante e que fez uma extensa pesquisa para escrever o livro. Mas pegar este livro saindo de um Neil Gaiman é um contraste grande. Falta "paixão" nos personagens, a trama dá pulos temporais gigantescos, pouca coisa é explicada, e tudo segue um ritmo, até agora, excessivamente cadenciado (tal qual uma melodia medieval, de poucos acordes, notas previsíveis, escala limitada e tocada em compassos milimetricamente marcados).
Há passagens desnecessárias, como certas falas de personagens arrolando todas as leis da vassalagem (coisa de advogado - e eu me permito criticar por ser um), ou pior, explicando-as.
Mas ainda assim é um bom livro. Talvez careça um pouco de estilo, mas é interessante ver como a Idade Média é fielmente retratada no livro.
Tivesse eu lido esse livro na minha época de escola, talvez não tivesse ficado de recuperação em História quando aprendi a Idade Média (e, o incrível, é que eu tinha interesse na matéria)...
E respondendo a alguns que me escreveram, a Old Speckled Hen (e nao "Od", como eu escrevi) é uma ale inglesa muito boa que eu sempre tomo no Elephant's Nest (sim, batizado por causa do livro), um pub de estilo britânico que fica em Fushimi, Nagoya, e que é um dos poucos lugares por aqui em que se pode desfrutar de uma cerveja de boa qualidade. Destaque para os seus chopps (a Old Speckled Hen é um deles) e para o fish and chips.
Cheers!
Sobre o mergulho? Foi bacana. Choveu no dia, a água estava gelada (14 graus centígrados! Quase congelei...), a vegetação marinha atrapalhou, a fauna marinha era pouca (exceto, talvez, se se considerar as água-vivas), mas ainda assim, foi duca!
A sensação de respirar embaixo d'água é única. É coisa fora de série olhar pra cima e ver um "bando" de peixes e um mundarel de água sem fim.
Mas não é perigoso? Não rola aquele lance de nitrogênio no sangue, no corpo? Sim, sim. Mas como dizia o poeta, vale a pena! Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu...
E eu terminei Anansi Boys. Não é o melhor do Gaiman. Pelo contrário, achei que faltou algo em alguns personagens, que algumas tramas paralelas foram esquecidas, e que o final foi amarrado na força. Mas ainda assim, é um bom livro, nem que seja só pelo estilo do Neil Gaiman.
Na seqüência, comecei A Catedral do Mar, romance de estréia do espanhol Ildefonso Falcones de Sierra. É um bom livro, retrata muito bem o final da Idade Média, percebe-se que o autor se esforçou bastante e que fez uma extensa pesquisa para escrever o livro. Mas pegar este livro saindo de um Neil Gaiman é um contraste grande. Falta "paixão" nos personagens, a trama dá pulos temporais gigantescos, pouca coisa é explicada, e tudo segue um ritmo, até agora, excessivamente cadenciado (tal qual uma melodia medieval, de poucos acordes, notas previsíveis, escala limitada e tocada em compassos milimetricamente marcados).
Há passagens desnecessárias, como certas falas de personagens arrolando todas as leis da vassalagem (coisa de advogado - e eu me permito criticar por ser um), ou pior, explicando-as.
Mas ainda assim é um bom livro. Talvez careça um pouco de estilo, mas é interessante ver como a Idade Média é fielmente retratada no livro.
Tivesse eu lido esse livro na minha época de escola, talvez não tivesse ficado de recuperação em História quando aprendi a Idade Média (e, o incrível, é que eu tinha interesse na matéria)...
E respondendo a alguns que me escreveram, a Old Speckled Hen (e nao "Od", como eu escrevi) é uma ale inglesa muito boa que eu sempre tomo no Elephant's Nest (sim, batizado por causa do livro), um pub de estilo britânico que fica em Fushimi, Nagoya, e que é um dos poucos lugares por aqui em que se pode desfrutar de uma cerveja de boa qualidade. Destaque para os seus chopps (a Old Speckled Hen é um deles) e para o fish and chips.
Cheers!
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